A maternidade não precisa nos limitar, ela pode, sim, nos expandir e ser um impulso para uma vida mais corajosa e autêntica.
Com os superpoderes que ganhamos depois de nos tornarmos mães, nos tornamos multipotenciais. Aprendemos novas habilidades, adquirimos conhecimentos, crescemos e evoluímos com os nossos filho, como trouxe na última newsletter.
É um caminho, com mais curvas e buracos, para ser tudo o que desejamos ser, talvez em outras velocidades.
E se surgir uma urgência real, ou um forte desejo, de viver tudo intensamente ao mesmo tempo agora? De ser a mãe presente, a profissional em grande ascensão e a mulher ativa em todos os outros papéis?
Esse é o seu grande dilema?
Sabe que a resposta veio numa música dos Titãs? Não sei se você conhece. Mas quando ouvi, pensei: é isso:
“Tudo ao mesmo tempo agora
Tudo ao mesmo tempo agora
Tudo ao mesmo tempo agora…
Uma coisa de cada vez
Uma coisa de cada vez
Uma coisa de cada vez…”
Foi exatamente isso que falei anos atrás para uma cliente que precisava, e queria mesmo, que fosse tudo agora:
“Podemos tudo, mas não tudo ao mesmo tempo.”
É assim que a vida se transforma em caos.
E essa bagunça é tão grande, porque tudo vira prioridade e não escolhemos nada.
Ficamos no falso desdobramento de nós mesmas, ou melhor, nos despedaçando tentando vencer o invencível.
Vivemos numa rotina automática de apagar incêndios, enquanto negligenciamos a própria saúde, justamente ela, o alicerce de toda a nossa vida e da qualidade do que entregamos ao mundo. Inclusive da produtividade, criatividade e foco, tão importantes para evoluir de forma eficaz em tudo o que desejamos.
Até que o corpo paralisa num pedido silencioso de socorro.
É tão brutal e pesado que não sentimos nem satisfação com o que conquistamos no trabalho, nem alegria quando tentamos nos conectar em casa, com a lista rodando sem parar na nossa mente.
Um misto de culpa e frustração, porque é tão exaustivo que nem temos força para comemorar as conquistas.
E há um abandono de todos os outros lugares onde gostaríamos de também estar: fazendo um hobby, nos divertindo, encontrando amigas ou simplesmente... descansando. E esse “simplesmente descansar” parece um luxo que não podemos mais ter.
A vontade de ser bem-sucedida se transforma numa busca por perfeição impecável em todas as áreas da vida.
E parece que são forças opostas: quanto mais você cresce na carreira, mais distante se sente do seu filho. Quanto mais presente você está como mãe, sente até menos energia, ou nem enxerga mais como uma possibilidade crescer profissionalmente.
Surge a sensação de insuficiência em todos os lugares.
Subir na carreira profissional e ser uma mãe presente, saudável e feliz parece… aquilo que sentimos ser nossa missão de vida, se torna uma missão impossível.
Não é à toa que muitas mães relatam dificuldades para crescer na carreira após a maternidade. Não apenas pelo boicote de empresas que desconfiam do envolvimento e entrega das profissionais que são mães, mas por um autoboicote silencioso nosso de nem tentar mais.
Tenho percebido o aumento no adiamento da maternidade, e essa “moda” do congelamento de óvulos talvez se relacione a isso: por volta dos 30/35, estamos assumindo lideranças no trabalho, e também é o tempo em que, hoje, muitas estão tendo filhos. Dois gigantescos compromissos que exigem presença e dedicação.
Talvez por isso o caminho de muitas mães seja reduzir sua ambição profissional, adiar ou até desistir da maternidade, ou esperar a vida se acalmar, o que é uma outra grande falácia.
A grande maioria das mães que trabalham fora em tempo integral vive essa gincana diária de dupla responsabilidade, uma correria para equilibrar suas carreiras com os cuidados da casa e dos filhos.
Uma batalha exaustiva da vida adulta.
Saem de casa exaustas. E voltam para casa para continuar o trabalho exaustivo. 🤯
Dormem tarde para dar conta do que ficou para trás. Acordam cedo para tentar dar conta do que não conseguiram fazer no dia anterior. E passam o dia numa gincana de multitarefas, casa -filhos- trabalho, correndo de um lado para o outro, estressadas por uma lista que nunca diminui. Sem nem lembrar mais o que é sentir bem-estar...
Sempre achando que faltam horas no dia para dar conta.
E não dão conta.
E o pior: não estão presentes como gostariam na própria vida, nem na da sua família.
Por mais que tentem, por mais que façam, sentem-se incapazes. Vão além dos seus próprios limites.
E não vencem.
Essa tentativa de viver TUDO AO MESMO TEMPO AGORA leva à renúncia da saúde, resultando em mulheres esgotadas, irritadas, sendo sempre as “chatas do rolê” e até doentes: com bruxismo, problemas gastrointestinais, alergias, enxaquecas...
Sem qualquer cuidado com o corpo ou com a mente.
E, quando finalmente sobra um tempo livre, o que fazemos?
No lugar de descansar, adiantamos tarefas. Porque sempre tem coisa pra fazer.
E sempre poderia ser melhor, né?
E a roda insustentável da exaustão continua girando.
Está nesse nó aí também?
Algumas mulheres têm o privilégio financeiro de terceirizar grande parte dos papéis da vida adulta e até da maternidade. Essa era a minha vida no Brasil: eu tinha três pessoas cuidando da casa, uma do jardim, outra dedicada ao meu filho...
Pra mim, era como se eu vivesse parcialmente a minha vida. E o que mais me doía era não ser a adulta que mais sabia sobre o meu filho.
Já aqui em Portugal, vivenciei outra experiência: resolvi mudar de carreira, me formar, empreender, ao mesmo tempo em que a Flora vivia o seu primeiro ano de vida integralmente comigo. E nesse caso, nem dinheiro eu tinha para delegar e resolver minhas questões.
E como será que resolve esse dilema?
Do que já vivi e tenho acompanhado grandes mulheres nas minhas mentorias, me mostram que sim, dá.
Com atos de coragem diários, elas mudam a vida e ousam fazer diferente.
Quando a gente sabe o que realmente importa, reavalia expectativas, organiza e reduz a lista de tarefas, automatiza e otimiza o que for possível.
Quando criamos ferramentas de gestão, saímos do controle total e fortalecemos a parceria com quem divide a vida e a casa.
Distribuímos a carga, compartilhamos responsabilidades e buscamos redes de apoio para delegar aquilo que é necessário, mas não essencial.
Tudo isso abre espaço para florescermos no trabalho e vivermos com mais significado em casa, com os filhos, na vida e, claro, para cuidar da saúde de novo.
Organizando cada coisa no seu tempo e lugar, sem tentar ser multitarefas ou multipapéis, fazendo tudo ao mesmo tempo agora.
Mas vivendo dentro de um planejamento, com intensidade e presença: uma coisa de cada vez.
Isso tudo é sair do CAOS para viver o LEVE.
A sensação de viver com intenção e valores é absurdamente mais satisfatória.
Ficamos mais eficazes, produtivas, confiantes e mais felizes. Isso traz autoestima, preenchimento, sentido e vitalidade para a vida.
E construímos nossos projetos de vida, todos juntos, sem negligenciar o que é insubstituível: nós mesmas.
Do Caos ao Leve é o nome do meu sistema simples de planejamento, gestão de tempo e energia - os nossos recursos esgotáveis - para uma organização prática e direcionada àquilo que realmente importa - os nossos inegociáveis - dentro do Método Rondon.
Podemos ser a mãe presente e ser uma profissional realizada.
Não tudo ao mesmo tempo agora...
Mas uma coisa de cada vez.
E, com certeza, não precisamos fazer tudo sozinhas.
Juntas é tudo mais leve. Essa é outra certeza .
Se você quiser saber mais sobre o meu sistema Do Caos ao Leve, me escreva e continue me acompanhando por aqui.
Obrigada por estar aqui comigo.
Marina Rondon
Mentora Materna | Método Rondon - Arquitetura de Vida Saudável
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Com carinho,
Marina Rondon
Mentora Materna | Criadora do Método Rondon - Arquitetura de Vida Saudável
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