Maternidade é terrivelmente incrível.
Vivendo intensamente esse papel maluco e exaustivo que é ser mãe.
E o que é ser mãe? Na vida real, é construir o impossível todos os dias.
Superação. Cansaço. Paciência. Alegria. Amor.
Essas palavras me perseguem há quase seis anos.
Antes de ser mãe, ouvia histórias desse tal “mundo da maternidade” e achava impossível tudo aquilo ser… possível.
Como uma pessoa pode realmente viver tudo aquilo que me conta que acorda e estar ainda produtiva no dia seguinte? E FELIZ com a escolha de ser mãe?
Corta!
Hoje sou eu.
Vivendo essa vida de impossível, terrivelmente incrível, há anos.
O mais impressionante é isso: quando a gente acha que não dá para passar dois anos sem dormir, a gente passa cinco.
E segue.
Qual é a visão que tem sobre a sua maternidade?
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Adoro quando ouço alguém dizer:
“Depois de um ano os bebês começam a dormir bem…”
“Quando desmama, dorme.”
Juro que torço: tomara que essa seja mesmo a sua história.
Não é a minha.
Mas sabe que vivo isso há tanto tempo que raramente você vai me ver reclamar. Não tenho essa tendência — inclusive, tenho até pavor. Se tenho um problema, busco solução. Mas se é um fato, como esse, busco aceitação.
Fatos que não são mutáveis, a gente administra a expectativa, faz o melhor possível dentro do cenário imposto, o administrável — e aceita. Pelo menos eu penso assim.
Como você lida com fatos da realidade? Você é do time da reclamação?
É um vício, né? Que cega a gente. A gente entra nesse ciclo pesado e nem percebe. E até aquele problema que tem solução, a gente não acha o caminho. Um dia aprendi que quem reclama sempre das mesmas coisas, clama por aquilo que tanto fala.
Deus me livre pedir ainda mais para não dormir.
Hoje em dia, eu e meu marido fazemos aquele suspirinho de manhã, de “Ai, ai, por que não dormem, né?” Nos damos um abraço e a vida segue.
No começo, na minha imaturidade materna de achar que tudo dependia da mãe que eu era, lutei contra — achava que tinha algo errado, que eu podia controlar. A gente sempre acha que tem alguma coisa que a gente ainda não fez, ne? Rs
Já colocou ruído branco? Já baixou todas as luzes depois das 18h? Um mamá extra antes de dormir? Já fez shantala para relaxar? Uma onda sonora que acalma? E a homeopatia? “Ai, tem um óleo incrível que faz o bebê dormir a noite toda.” Kkk
Fiz de tudo. Nunca resultou. Rs
Mais uma falácia da maternidade: basta fazer isso, ter aquilo, seguir uma rotina perfeita… E tudo se resolve.
Aliás, tudo VOCÊ resolve. Mãe, essa pessoa incrível que é capaz de tudo. Somos, mas nem sempre vencemos. Rs
Sinto (e me engano) que meu corpo se acostumou com esse lance de não dormir continuamente bem.
Eu aprendi a aceitar que meus filhos são seres únicos, como todos os outros bebês. E principalmente, que não controlo nada. Nada. Falei “nada”? Nada.
E mais: o que dá certo com um, com CERTEZA não dará certo com o outro. E o que deu certo um dia com aquele, no dia seguinte já estará em outra fase — e já vai dar ruim. É assim com o sono e com todos os outros desafios.
Hoje, com filhos de 3 e 5 anos, temos boas noites — embora raramente por muito tempo seguido. Sigo fazendo o que considero mais saudável para uma boa rotina do sono, e ajustando o possível para que todos durmam melhor. Nunca mais busquei o irreal — nem coloquei sobre mim uma carga extra no que já é, por si só, tão pesado
Esse é, pra mim, o terrível da maternidade:
Você quer ser a melhor pessoa, a sua versão materna top master, mas como ser a melhor pessoa se uma necessidade tão básica é impossível de ser vivida?
E a cada manhã eu suspiro, alongo, nutro outras necessidades básicas: meu café, meu livro, minha escrita, meus exercícios… faço o que está no meu controle.
E sigo. Construindo o impossível todos os dias.
(E eu sei que vocês também).
Dentro de um cansaço? Sim.
Mas se fosse esperar não senti-lo, não teria corrido um único km desde que meus filhos nasceram. Eu juro que nem sei como faço para treinar maratona e viver o sonho de ser maratonista, entre tantos outros projetos que tenho vivido.
É por isso que digo que mãe é potência!
Não uso aquilo que é da vida como bengala para não fazer a minha parte. Acordo, se estou viva, escolho a coragem e vou honrar o meu dia — literalmente — correndo atrás dos meus sonhos.
Minha motivação sempre foi maior do que meu cansaço.
E para você? Qual é o seu terrível da maternidade?
Vou adorar mesmo saber.
Me escreva respondendo esse e-mail. Vamos trocar mais ideias!
Estou aqui para conversar mais com outras mães.
Como pode ser menos pior?
Aqui em casa, temos estratégias contra a exaustão. Acho essencial tê-las. Quando estamos já mortos, é difícil até ter ideias para sair da escuridão.
Essa é uma conversa que deve ser ativa com quem divide a maternidade com você. Se você tiver a sorte de ter esse alguém que compartilha essa responsabilidade, conversem.
Acho mesmo que ter uma referência, uma escala, um termômetro do cansaço, combinado previamente — onde rapidamente você sinaliza ao outro em que nível está hoje, para uma redistribuição de tarefas — é fundamental.
Ultrapassar os limites do cansaço pode ser muito prejudicial a todos. E dificilmente nos recuperamos — porque a vida nunca para.
Depois, o importante será entender se o cansaço é físico ou mental. Há diferenças. Às vezes, são os dois. Aqui temos as nossas ferramentas.
Se é físico, nos revezamos nas noites. Existe uma gestão clara de quem está precisando se recuperar mais, para que esse seja poupado. Um vira o “dono da noite” e o outro, dentro do possível, consegue descansar.
Muitas vezes, são os dois precisando da amada noite de sono. Aí, nos separamos e dormimos cada um com uma criança, o que já melhora a noite.
Nem sempre dá certo, mas muitas vezes dá. E, no jogo de “está terrível isso, estou morta”, eu vou no pensamento: “vamos tentar algo para ver se melhora — ou, pelo menos, não piore ainda mais.” Esse é sempre o meu foco.
Esse ano, conseguimos uma noite nossa com a ajuda da nossa amada e incrível rede de apoio (avós). Um sonho!
Se é cansaço mental, quando dá, criamos um plano de fuga de um do casal (o famoso “vou comprar cigarro e já volto” — kkkk). Um bom respiro e nutrição do que mais precisamos. Normalmente, vou correr.
E nos momentos de pico (aqui são: saída da escola e na preparação para dormir), o adulto mais inteiro assume o rolê. Precisa de muita gestão emocional, muita criatividade e paciência. Falei repetição? Sim… “Vamos gente… bora… vem. Vamos… por favor…”
Mas jamais — jamais — quase seis anos de noites mal dormidas serão recompensadas. Isso não existe na nossa capacidade fisiológica.
O sono não é uma conta bancária onde você pode acumular dívidas e depois pagar tudo de uma vez. Os impactos negativos que a privação de sono causa ao corpo e ao cérebro, eu vou levar para a vida toda.
Perdeu, perdeu.
Por isso fico impressionada com o quanto as pessoas negligenciam o sono — essa tão sonhada noite ininterrupta — quando, na verdade, podem dormir. Ficam rolando o dedo na cama, assistindo qualquer coisa, atrapalhando a qualidade do descanso, justamente num momento que deveria ter menos estímulos visuais, menos conteúdos... e mais relaxamento.
Por favor, quem pode dormir, durma! Por mim! rs Não fique no negativo — pelo seu hoje e pelo seu futuro. Negligenciar o sono impacta não só a nossa capacidade de fazer boas escolhas no dia seguinte, mas também a nossa saúde a longo prazo — na longevidade
Mas é isso, minha vida: respiro, administro o cansaço e sigo.
O amor compensa?
Ontem à noite, o Bento, depois que terminei de secá-lo pós-banho, me pediu um abraço. Eu, que estava rolando listas na cabeça, fiquei parada — e aquele serzinho agarrou minhas pernas. Olhei para baixo, ele sorria apertado e me disse:
“Eu podia ficar abraçado com você o resto da minha vida. Até morrer.”
Derreti. Me deu um clique. Me abaixei e ficamos ali.
Naquele momento em que tudo vale a pena.
Sim, o amor compensa.
Você tem esses momentos na sua mente? Tenho vontade de escrever todos, só para não me esquecer.
A maternidade me ensina muito. Todos os dias. É o eterno convite ao que importa. E a termos paciência e respeitarmos os processos e as fases da vida.
Sim, tudo é fase. Não que só melhore, mas tudo passa.
E vêm novas fases…
Com tudo de bom e ruim.
Nem sempre o que vem é mais fácil. São novos desafios e aprendizados.
Obviamente, lembrando que esses serão vividos já por uma nova mãe. Mais confiante, mais experiente — e lidaremos melhor com esse novo nível da fase.
Para viver as fases de forma mais leve, mais uma estratégia que me ajuda demais: Quando estou na parte boa, me coloco ao máximo na presença — para absorver tudo o que estou vivendo, aprendendo e crescendo
E tudo o que for ruim, eu respiro e trago esse pensamento: vai passar.
A autoconfiança é determinante para leveza interna.
Escreva no papel:
Você é a melhor mãe que poderia ser para seus filhos.
E seus filhos são exatamente aquilo que você precisava vivenciar na sua vida.
Eles te escolheram. E você é perfeita para eles do que jeito que você é.
Deixe isso bem visível. Leia sempre que precisar. Repita. Como um mantra.
Você tem alguma estratégia para o seu terrível da maternidade?
Algo que aprendi e ensino na minha mentoria é: troque a expectativa pela curiosidade. Na vida e na maternidade. Não mire só em metas, viva-as.
A gente, às vezes, se perde. A exaustão pode nos levar a isso... à culpa, àquele “não sou boa o suficiente", `a impaciência e ao estresse.
E sempre, sempre, precisamos ser gentis com a gente. Pegar leve, pedir ajuda e se conectar com quem vive — ou já viveu — tudo aquilo que estamos vivendo e sentindo.
Para ser acolhida, reconhecida — e, quem sabe, encontrar apoio e algumas ideias.
Saiba que eu estou aqui. No mesmo rolê que você. :)
Vivendo intensamente esse papel maluco e exaustivo que eu amo: ser mãe.
Já na espera do seu e-mail.
Um forte abraço.
Marina Rondon
Mentora Materna | Criadora do Método Rondon - Arquitetura de Vida Saudável
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Com carinho,
Marina Rondon
Mentora Materna | Criadora do Método Rondon - Arquitetura de Vida Saudável
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