Priorizar-se é potência.
Sobre maternidade, limites e a coragem de escolher a si mesma todos os dias.
Todas nós já conhecemos a metáfora da máscara de oxigênio, né?
"Primeiro eu coloco em mim e depois na criança."
Mas, na vida real, sei pela prática que não é simples assim. E esse foi um grande aprendizado. Nada cairia suavemente diante de mim — aquilo que eu realmente precisava, com um aviso claro para que eu me escolhesse primeiro, nunca viria pronto.
Com a maternidade, aprendi a criar limites e a dizer não. A reconhecer meus inegociáveis e a sustentar, com firmeza, aquilo que é importante para mim. Reforcei meus valores e aprendi a ser, ainda mais, resiliente. Aprendi, na prática, sobre priorização. E, com certeza, descobri uma força que vai além do físico — me tornei mais forte por inteira. Aprendi a lutar por mim e pelos meus sonhos antes de me entregar ao mundo.
Hoje me priorizo, sem culpa. Aprendi, vivendo, que primeiro a gente precisa cuidar de si para poder cuidar do outro. Eu sempre era uma mãe melhor depois da minha corrida. Mas não foi sempre assim.
Confirmei também algo que já tinha ouvido: eu seria sempre imitada. Seria um exemplo. E entendi que só consigo ensinar o outro a cuidar de si quando faço isso por mim, de verdade.
Me priorizar virou um ato de responsabilidade comigo, com a vida que quero viver e com os valores que desejo transmitir. Não posso ensinar algo que eu mesma não pratico.
Abraçada também ao lema “mãe feliz, filho feliz”, venho construindo um novo caminho.
Nós, mulheres, seguimos chacoalhadas, exaustas, equilibrando nossa vida e a de todos ao redor, em plena turbulência. Com mil listas mentais, desconectadas das nossas necessidades básicas, tentando entender o que realmente precisamos — e o que fazer primeiro.
Sempre tem uma demanda. Uma criança. Uma louça. Mil e-mails. Muitas roupas. Várias mensagens. Infinitas urgências... que, muitas vezes, nem são tão urgentes assim.
Vira quase um grito de ordem — mas, na verdade, é uma regra silenciosa e firme:
“Esses minutos são meus.”
E nem precisa gritar. É só agir.
Combinar com a rede de apoio. Conversar com seu filho. E, mais do que tudo, cumprir esse compromisso consigo mesma.
Parar.
No meio do caos. Desviar do que está caindo sobre a cabeça. Ouvir o corpo. E fazer o que é preciso para se cuidar — mesmo quando isso não se parece em nada com uma máscara.
Esse ato é enorme. De coragem.
Porque cuidar de nós mesmas não é apenas colocar uma máscara pronta que cai sozinha. É construí-las. As nossas. É identificar nossas reais necessidades, respeitar a fase em que estamos e transformar o autocuidado em algo inegociável.
Cuidar de nós é nos colocarmos primeiro. Não de forma encaixada, limitada, tentando caber no pouco que sobra. É nos colocarmos de forma expandida, inteiras, com tudo que somos e desejamos viver.
E isso exige tudo o que temos explorado até agora na News da Arquitetura de Vida:
Autoconhecimento. Autorresponsabilidade. Autocuidado. Priorização.
Colocar a máscara é só a etapa final de um processo muito maior: a construção de uma vida que inclui você. E isso pede muitos passos anteriores — pequenos atos conscientes, diários, colocados na agenda e respeitados, mesmo quando tudo insiste em nos atropelar.
Isso, sim, é revolucionário.
Essas máscaras não vão cair prontas na sua frente. E, no excesso da vida real, é ainda mais difícil lembrar de você, enxergar a máscara e saber qual escolher.
Por isso, defina quais são as suas máscaras de oxigênio. Construa-as. E lute por elas.
Priorizar-se é, todo dia, escolher cuidar de si.
A coragem de se escolher primeiro
Este texto faz parte da edição #9 da Arquitetura de Vida, uma newsletter gratuita onde compartilho, quinzenalmente, reflexões e ferramentas para construir uma saúde mais leve, consciente e possível.
Nesta edição, aprofundei o quarto princípio da saúde integral: a priorização. E resolvi trazer um trecho para cá, porque sei que há muitas mães por aqui — e esse tema atravessa profundamente a experiência da maternidade.
Se você sente que está tentando fazer demais — e mesmo assim se sentindo em falta — te convido a ler a edição completa.
Falei sobre maternidade, limites, fases da vida, sobre fazer menos e viver melhor. Sobre a importância de desacelerar. E sobre subtrair para, enfim, adicionar o que faz sentido.
O link aqui está logo abaixo. Vamos juntas?
Na próxima semana, chega a parte 2 desse mesmo tema — com novas reflexões e ferramentas práticas.
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Arquitetura de Vida News
A Arquitetura de Vida é um projeto que une minha formação em Arquitetura à minha paixão pela Saúde Integral — para apoiar mulheres na construção de uma vida mais leve, saudável e consciente.
A partir da minha trajetória — como mãe, maratonista, ex-executiva e health coach — aprofundei estudos e certificações no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos, onde concluí o curso no Institute for Integrative Nutrition (IIN), referência global em nutrição integrativa.
Essa vivência pessoal e profissional me fez entender que saúde é uma escolha e construção diária e intencional. Não é um destino, mas um caminho.
Meu objetivo com a newsletter é ampliar essa visão sobre o que é saúde e trazer insights sobre como nossas escolhas diárias constroem nossa saúde e qualidade de vida no longo prazo — promovendo a saúde integral e inspirando as pessoas a construírem seus projetos de vida de uma forma mais leve e sustentável.
Mais do que conteúdo, é um espaço de inspiração e prática. Porque só o conhecimento não transforma — a ação, sim.
A Arquitetura de Vida começa com a coragem de mudar.
É preciso ousadia para fazer diferente e viver a sua autenticidade.
Caso contrário, o nosso amanhã será apenas uma repetição do que temos vivido hoje.
E se pudesse ser ainda melhor?
Cuidar da saúde é um ato de coragem e honrar a própria vida.
Espero te ver por lá também
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